domingo, 12 de setembro de 2010

Reprodução SMA da palestra da Jill Taylor

Uma aula de esperança, trabalho e superação.
Vítima de um AVC, a neurocientista norte-americana conta
como conseguiu superar os traumas da doença.

O encerramento do V Fórum da Longevidade ficou a cargo da neurocientista Jill Taylor, que deu uma verdadeira lição de vida ao relatar a sua história de superação iniciada há 13 anos. Aos 37 anos, um coágulo no hemisfério esquerdo (associado à razão) do cérbro causou um AVC, que afetou a sua memória, os movimentos e a fala. Assim, ela teve de contar apenas com o hemisfério direito (associado ao pensamento abstrato e a criatividade) para dar impulso ao processo de recuperação que partiu da estaca zero.

Após uma arriscada cirurgia e muita terapia, aliadas à dedicação dos amigos e, principlamente, de sua mãe, a neurocientista conseguiu se recuperar totalmente, voltou a dar aula na Faculdade de Medicina da Universidade de Indiana e faz palestras sobre a sua impressionante recuperação.

Ela diz que entre as principais mudanças que a doença causou em sua vida está um novo olhar sobre a vida. "Agora gasto meu tempo fazendo coisas que vão ajudar outras pessoas, em vez de focar toda a minha energia apenas na carreira, como eu fazia antes do AVC."

Sobre a relação entre o que acontece no cérebro das pessoas e a longevidade, Jill Taylor explicou que o organismo humano tem 50 trilhões de células com várias funções, que vão se degenerando conforme envelhecemos. O importante é estimular as células para que substituam a função daquelas que morrem. "A longevidade e envelhecer com saúde têm a ver com as decisões que tomamos durante toda a nossa vida."

A neurocientista finalizou sua palestra com importantes dicas de conduta: "Respeite o poder de cura do sono, dormindo bem; desafie seus sistemas cerebrais (o racional e o emocional) diariamente; lembre-se que a vida acontece no momento presente e escolha concientemente onde vai depositar a sua energia; concentre-se no que é positivo; lembre-se de ser paciente; comemore cada pequena ação; preste atenção à sensação causada pelo estresse e lembre-se de agradecer ao levantar e ao deitar por mais um dia de vida.". As descobertas de Jill Taylor também abrem espaço para um poderoso antídoto contra doenças como o mal de Alzheimer, que afeta milhares de idosos ao redor do mundo.