terça-feira, 30 de novembro de 2010

Dicas para deixar seus pés macios e saudáveis


  • Fique descalço, nem que seja durante alguns minutos por dia.

  • Não abuse de sapatos de salto nem de modelos muito bicudos, duros ou incômodos.

  • Solado gasto faz você pisar torto e força a coluna.

  • Depois de um dia difícil, mergulhe os pés em uma bacia com água morna e um pouco de óleo de banho ou sabonete líquido.

  • Hidrate os pés antes de dormir. Assim, o creme age enquanto você dorme.

Dor crônica é doença. E precisa ser tratada.


Equivocadamente aceita como
 consequência natural de um trauma,
 de uma doença ou do envelhecimento,
 a dor, quando persistente,
 pode se tornar a própria doença.

De forma geral, a dor é um sinal de alarme do organismo. Quando há algo errado, ele reage disparando um estímulo para o sistema nervoso central, dando o aviso. Mas um alarme só e bom se pode ser desligado. No caso da dor, isso se faz corrigindo a origem do problema. Dores - mesmo as agudas, causadas por lesão, cirurgia ou traumatismo - tem começo, meio e fim. Se isso não acontece, a dor vira crônica, torna-se a própria doença. Dores diárias ou intermitentes, que duram de três a seis meses ou mais, são consideradas crônicas.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, 30% das pessoas sofrem de dor crônica. O mal pode estar associado a processos dolorosos crônicos, como hérnia de disco, artrite, artrose e câncer, dentre outros. Mas também pode ser gerado ou intensificado como uma espécie de curto-circuito no sistema de alarme do corpo, que cria uma memória da dor, fazendo com que ela ocorra independentemente daquilo que a ocasionou.

A dor crônica afeta a qualidade de vida das pessoas, atrapalha ou impede atividades rotineiras e pode desencadear problemas como depressão, ansiedade e estresse. Também pode prejudicar os sistemas imunológico, cardíaco e respiratório e produzir alterações na pressão arterial e na capacidade motora. Além disso, quem tem dor crônica tende a não se alimentar bem, dorme mal e prejudica suas relações sociais. São condições que propiciam novas doenças.

O que fazer? O primeiro passo é rejeitar a idéia de que sentir dor é normal porque faz parte de um processo crônico, de cura ou de envelhecimento. Todo o tipo de dor - aguda ou crônica - requer atenção médica. Quando não pode ser curada, a dor pode ser tratada. Quando não pode ser eliminada, pode ser minimizada.

Mesmo no meio médico, a questão da dor é às vezes relevada - seja porque ela é considerada inerente à doença ou ao procedimento realizado, ou não há causa evidente para sua manifestação, ou até porque a dor é subjetiva, varia de paciente para paciente. Ainda que não se identifique uma causa, a atitude correta é: se a pessoa diz que tem dor, a dor existe. Alguns hospitais, além de contar com uma equipe especializada para tratar do problema, reconhecem a sua importância incluindo a dor como o quinto sinal vital, monitorado ao lado de pressão arterial, pulso, respiração e temperatura. Com base em uma escala, o próprio paciente atribui um grau à intendidade da sua dor para que a equipe possa programar os melhores cuidados para cada caso.

É ampla a gama de recursos para o tratamento. Dentre os medicamentos, estão os analgésicos, anti-inflamatórios, antidepressivos e opiodes (que, embora provoquem temor em leigos, não geram dependência quando adequadamente ministrados). Somam-se a eles técnicas de fisioterapia, laser, acupuntura, massagens e outras. Nos dias de hoje, só uma coisa pode fazer uma pessoa continuar sofrendo com a dor: a crença de que ela é simplesmente sintoma de algum outro problema e, portanto, normal. Sentir dor não é normal. E de maneira crônica, é doença - que precisa ser tratada como qualquer outra.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Secretaria de Saúde cria medidas para atrair Sexo Masculino


Homens cuidam pouco da saúde

Cuidar da saúde é uma das últimas preocupações dos homens cariocas. Um levantamento feito pela Secretaria Municipal de Saúde mostra que a grande maioria foge das consultas médicas de rotina e só procura ajuda quando está com problemas mais sérios. Dos cerca de dez milhões de atendimento realizados de janeiro a julho, só 12% dos pacientes eram do sexo masculino (na faixa de 20 a 59 anos). Quando incluídos os idosos, o índice de homens que procuram os serviços de saúde de forma preventiva não passa dos 25%.

Para mudar o quadro, a secretaria vai criar a Gerência de Saúde do Homem com o objetivo de aumentar o interesse dos homens pela saúde. O horário de atendimento das Clínicas de Família será ampliado até as 20h para que os trabalhadores tenham mais chances de conseguir uma consulta.

- Vários fatores contribuem para que o homem não procure atendimento. Tem a questão do horário, o pensamento masculino de que nada de ruim vai acontecer. Também existe o temor de que, se for ao médico, vai achar algum problema - diz Andrea Castro, que ficará a frente da nova gerência.

Acompanhar a mulher

Segundo o levantamento, as especialidades mais procuradas pelos homens são angiologia, clínica médica, pneumologia, psiquiatria, fisioterapia, terapia ocupacional e psicologia. A secretaria quer conquistar mais pacientes masculinos para consultas de cardiologia, afinal, as doenças de coração são uma das principais causas de morte.

- Já percebemos que a implantação de academias de ginástica em unidades de saúde tem feito com que homens se interessem mais pelos cuidados com a saúde e procurem atendimento preventivo. A gerência agora vai procurar novas formas de atrair os pacientes do sexo masculino - diz o secretário de Saúde, Hans Dohmann.

Outra medida será estimular o homem que acompanha a companheira grávida no pré-natal a também fazer exames de rotina.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Trocar carne por frango e peixe é mais saudável


Especialistas em nutrição destacam que os pratos com cozimento lento e sem peles são ainda mais adequados

Como o dito que fala em trocar seis por meia dúzia, a substituição de carne vermelha não chega a afetar a dieta. "Não há perda. O teor de proteína varia pouco. O pescado sai na frente: têm gorduras poli-insaturadas que reduzem o colesterol e combatem a obesidade sem custar mais caro", analisa o nutrólogo e membro da Associação Brasileira de Nutrologia, José Alexandre Portinho.

Se em valor nutricional eles saem empatadas com a carne vermelha, frango e pescado oferecem mais opções de preparo saudável. Assada ou cozida, a carne de frango pode ser consumida até gelada em salpicões.

Entre as formas de preparar, os pratos com cozimento lento são mais saudáveis e podem até dispensar a adição de gorduras. "A moqueca é a melhor forma, no caso do peixe, porque usa a própria água liberada pelos temperos e legumes para cozinhar", justifica o nutrólogo José Portinho.

Ele ensina ainda que não é recomendável comer carne muito bem-passadas. Os pontos escuros que aparecem na carne muito frita ou assada estão associados a casos de câncer, alerta. Outra dica é não misturar o azeite durante o cozimento e, sim, após o preparo. No caso do frango, a recomendação é tirar toda gordura aparente. "Toda a parte amarelada deve ser separada. Essa gordura é pior do que a capa que encontramos na picanha, por exemplo", ensina o especialista.

A asinha de ave deve ser dispensada por quem teme a balança. Já coxa e sobrecoxa estão liberadas se a pele for retirada. Miúdos como coração, moela e fígado de galinha são ótimos repositores de ferro como os frutos do mar. Já vitaminas A, D, K e do complexo B estão presentes nas três opções de carnes em teores semelhantes.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Alerta contra os biscoitos salgados


Estudo condena consumo diário
 e limita a uma xícara e meia

Não é proibido comer biscoitos tipo 'salgadinho'. Mas é preciso ficar atento à quantidade consumida e, principalmente, evitar comê-los todos os dias. O alerta é da Proteste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor), que sugere limite máximo de 25 gramas (ou uma xícara e meia).

A análise foi feita com 16 marcas de biscoitos diferentes e 13 foram aprovadas com restrição. De acordo com a nutricionista da Proteste, Manuela Dias, três marcas foram reprovadas para todas as idades: salgadinhos de milho sabor queijo Pippo´s, biscoito salgado para petisco sabor queijo tipo suíço Bon outer e salgadinho de trigo sabor pastel de queijo Yoki.

"Conforme a idade da criança, é possível comer mais tipos de biscoitos. Para o adulto, por exemplo, tem mais opções. Entretanto, essas três marcas citadas não são recomendadas por serem fracos nutricionalmente e terem muito sódio e gordura saturada", explica Dias.

Para a nutricionista do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione, WIlma Amorim, a dificuldade maior em liberar o consumo de salgadinhos é a falta de controle.

"Podemos dizer que é viciante. A pessoa começa a comer, e não quer parar, acaba comendo um pacote inteiro. É preciso ficar muito atento na questão da quantidade e na regularidade do consumo", explica Amorim.

Segundo a profissional, o ideal é adiar ao máximo o momento de permitir que a criança consuma guloseimas, como pizzas, salgadinhos e refrigerantes.

"Quanto mais tarde a criança começar a comer esses alimentos, mais cedo vai evitar a diabete, colesterol alto, obesidade e hipertensão.", orienta Amorim, ressaltando que é fundamental manter na dieta legumes e verduras e praticar exercícios físicos.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Restrição a cheque deve ser avisada


Comerciantes devem informar
 meios de pagamento aceitos nas lojas.
Sem aviso, o consumidor pode escolher o que lhe convier

Os comerciantes podem se recusar a receber cheques ou mesmo cartões como forma de pagamento, mas isso só deve ocorrer se a restrição estiver bem clara ao consumidor da loja, por meio de aviso escrito na entrada ou se o cliente for informado verbalmente de imediato. Esse direito à informação clara e precisa está previsto no Código de Defesa do Consumidor. Se o comerciante não age dessa forma, o consumidor não está obrigado a honrar o pagamento da forma exigida.

"Ele deve informar a restrição a certos meios de pagamento previamente e de forma adequada, para que não pairem dúvidas", afirma Carlos Alberto Nahas, assistente de direção do Procon/SP.

O mesmo vale para cartões de débito e de crédito. Segundo Nahas, a questão é em relação ao direito à informação. "O comerciante deve informar nas portas principais do estabelecimento. Nos cardápios, além dos preços e o aviso sobre não obrigatoriedade de pagamento de gorjeta, deve estar também o meio de pagamento aceito", avisa.

De qualquer forma, avisando ou não o cliente antes, o estabelecimento também não pode restringir o pagamento com cartão de crédito a determinados produtos, como alguns fazem em relação à bebida alcoólica.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Idosos: denúncias de violência aumentam


Foram 93 queixas de maus-tratos em asilos

Denúncias sobre maus-tratos a idosos se tornam cada vez mais comum nos asilos cariocas. De janeiro a agosto deste ano, 93 relatos chegaram ao Núcleo de Violência Doméstica do Disque-Denúncia. Um aumento de 63% se comparado aos 57 casos registrados no mesmo período de 2005.

As denúncias desse tipo de violência crescem progressivamente. Entre 2008 e 2009, as queixas saltaram de 67 para 90. Já o número de registros em que o idoso foi maltratado dentro de residências subiu de 852 relatos para 1.074, na comparação de janeiro a agosto de 2009/2010. Os bairros campeões de queixas são da Zona Oeste - Campo Grande, Bangu e Santa Cruz. Em seguida estão Copacabana e Jacaré.

Segundo a promotora de Justiça e Proteção ao Idoso, Eliane Belém, "90% dos casos protocolados no Ministério Público acontecem no lar". A maioria das reclamações está relacionada à negligência e ao mau uso da pensão do isoso e, não a agressões. O telefone do Disque-Denúncia é 2253-1177.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

As dores e delícias de amamentar


Uma em cada 4 mães têm dificuldades
 no início do período de aleitamento dos filhos

Uma em cada quatro mães têm dificuldades para amamentar. Foi o que revelou um estudo do Centro de Referência Estadual em Bancos de Leite Humano do Piauí. A pesquisa, feita com 1,8 mil mulheres, apontou que 435 tiveram problemas no aleitamento.

As principais dificuldades foram mama muito cheia (25%), baixa produção de leite (22%), dificuldade para posicionar o bebê (15,4%) e fissura do bico do seio (16,8%).

"Mesmo sendo um ato institivo, é claro que amamentar causa dúvidas, principalmente no início. Mas as mulheres não devem desistir. O leite materno é fundamental para o desenvolvimento do bebê".  explica Danielle Silva, coordenadora de Processamento e Controle de Qualidade do Banco de Leite Humano do Instituto Fernandes Figueira/Fio Cruz.

De acordo com ela, mães que tiveram dificuldades devem procurar os bancos de leite de seus municípios para tirar dúvidas e aprender a forma correta de amamentar.

"Existe uma equipe de enfermagem nesses locais, que orienta. Em alguns casos, por exemplo, o bebê pode se sentir desconfortável na posição tradicional: barriga do bebê encostado na barriga da mãe. Então a mãe é orientada a tentar outras posições", explica.

Em setembro de 2010, Adriane Galisteu falou sobre a dificuldade que teve de amamentar o filho Vittorio, 3 meses. "Teve um dia que falei: 'Não vou conseguir'. Entrei em pânico", contou.

Mas, segundo Danielle, não é preciso se assustar, e sim ficar atenta às (valiosas) dicas: "A primeira é não ficar ansiosa e procurar um lugar confortável. Também é importante ter apoio da família", orienta.

domingo, 21 de novembro de 2010

Cuide bem do seu sorriso


Dicas

De que adianta ter um rosto lindo se o seu sorriso anda precário? Infelizmente, nem todo mundo tem cuidado com a saúde dental. Portanto, procure escovar os dentes no mínimo três vezes ao dias.

Para ajudar um pouco o trabalho da escova, não se esqueça do fio dental.

Uma alimentação equilibrada também reflete no seu sorriso. Coma alimentos com açúcar e amido apenas nas refeições principais. E, para não ficar com manchas, evite cigarro, café, chá preto, vinho tinto e refrigerantes.

Colocou as dicas em prática? Então, agora é só sorrir.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Comida alivia a inflação de idosos


Custo de vida da Terceira Idade registra queda de preços de legumes e hortaliças.
Vestuário também fica mais barato no terceiro trimestre

Famílias compostas por pessoas com mais de 60 anos de idade tiveram ganho duplo no terceiro trimestre deste ano. Esse grupo pagou menos pela alimentação, garantindo um prato mais saudável no dia a a dia e gastou menos com roupas. Os preços, principalmente, das hortaliças e dos legumes registraram quedas significativas no período, conforme o Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC3i), divulgado em outubro de 2010, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

De acordo com a inflação dos idosos, os valores de hortaliças e legumes encontradas em feiras e mercados baixaram 20,81% no terceiro trimestre. No segundo trimestre a queda foi de 8,62%. Já a taxa do grupo alimentação caiu de 0,01% para -1,27% no trimestre. O quesito vestuário ficou mais barato 0,87%, com destaque para o item roupas.

No terceiro trimestre do ano, o IPC 3i ficou em 0,05%. O percentual mostra forte desacelaração se comparado com os números do segundo trimestre, quando houve alta de 0,92%, informou a FGV. Nos últimos 12 meses o indicador acumula alta de 4,25%.

O IPC 3i também apontou redução de preços nos grupos habitação, despesas diversas, saúde e cuidados pessoais e educação, leitura e recreação. O destaque foi para os itens tarifa de eletricidade residencial, serviço religioso e funerário e medicamentos em geral.

Os transportes, de acordo com a FGV, foram a exceção que registraram alta de preços, devido a infliuência do preço do álcool combustível (-18,20% para -7,73%), que caiu menos. Também no sentido contrário, vem o que mais pressionou a alta do medidor: mensalidades  dos planos de saúde. Estes tiveram reajuste de 1,5% no trimestre.

A presidente da Federação das Associações  dos Aposentados e Pensionistas do Estado do Rio, Yeda  Gaspar, afirma que os maiores de 60 anos aproveitam promoções para conseguir comprar mais barato. Segundo ela, a queda dos preços dos legumes e hortaliças ajuda a melhorar a alimentação dos aposentados e pensionistas. A presidente acredita, porém, que outros itens deveriam baixar de preço também como plano de saúde, leite e carnes.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Remédio para vício em jogo será testado


Substância promete reduzir sensação de prazer proporcionada pelas apostas

A Santa Casa de Misericórdia está recutrando voluntários para verificar se o medicamento Topiramato, eficaz no tratamento de dependentes de álcool e comedores compulsivos, pode ajudar pessoas viciadas em jogos a superarem o problema. O estudo inédito no País é fruto de parceria entre a Santa Casa e o Hospital das Clínicas de São Paulo.

Segundo a chefe do setor de Depedência do Ambulatório de Psiquiatria da Santa Casa, Analice Gigliotti, o Topiramato atua diretamente em neurotransmissores do cérebro, como a dopamina, substância ligada ao prazer.

"O Topiramato é comprovadamente eficaz no tratamento de comedores compulsivos e alcoólatra, pois ele reduz a noção de recompensa que o paciente relaciona  à comida ou à bebida. O resultado começa a ser percebido três semanas após o início do tratamento. Queremos comprovar que ele também é eficaz em jogadores compulsivos", explica a psiquiatra.

Segundo a psicóloga Viviane Fukugawa, uma das coordenadoras do estudo, cerca de 4% da população é dependente de algum tipo de jogo - seja caça-níqueis, apostas de cavalo, jogo do bicho ou qualquer outro que envolva apostas financeiras. A doença pode atingir pessoas de todas as idades, escolaridades e classes sociais.

Terapia de Grupo

"O tratamento é feito com auxílio de psiquiatras, psicólogos e terapias em grupo. Os jogadores passam por avaliações que permitem identificar doenças relacionadas ao problema, como depressão e ansiedade", explica a profissional, ressaltando que, atualmente, cerca de 20 pessoas fazem o tratamento na Santa Casa, no Centro.

Interessados na pesquisa e em tratamentos devem entrar em contato pelos telefones (21) 7830-3991 ou 2533-0118. Também é possível buscar ajuda por meio dos 'Jogadores Compulsivos Anônimos' - (21) 2516-4672

Contra o câncer de mama


Inca lança novas recomendações que pretendem evitar mortes por tumor mamário

O Instituto Nacional do Câncer (Inca) divulgou na 2ª quinzena de outubro de 2010 sete recomendações para diminuir a mortalidade por câncer de mama no Brasil. Entre elas, está a indicação de que mulheres com idade entre 50 e 69 anos devem se submeter a exames de mamografia a cada dois anos. Além disso, segundo o órgão, pacientes que têm nódulos nos seios não devem esperar mais do que 60 dias para ter o diagnóstico.

"O País tem perfeitas condições de cumprir as recomendações. Existem cerca de 3,4 mil mamógrafos em todo o Brasil, sendo que cerca de 1,3 mil estão à disposição do Sistema Único de Saúde", afirma o técnico da Rede de Atenção Oncológica do Inca, Ronaldo Côrrea. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, só no estado são mais de 300 mamógrafos.

"Temos o papel de articular, junto às secretarias municipais, campanhas para educar as mulheres sobre os riscos do câncer de mama", explica o superintendente de Vigilância Epidemiológica da secretaria, Alexandre Chieppe.

Campanhas, entretanto não são suficientes. Segundo Correa é fundamental que a população esteja sempre atenta aos sintomas do câncer de mama, como: nódulo palpável, mudanças na pele, secreção no mamilo e, em alguns casos, vermelhidão e dor.

As outras recomendações são: acesso à informações sobre o que causa a doença e quais são as formas de prevenção, qualidade dos mamógrafos e rigoroso acompanhamento médico para quem faz terapia de reposição hormonal.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, qualquer unidade de saúde pode fazer o primeiro atendimento à mulher e encaminhar a uma unidade própria para o tratamento do câncer. Mais informações pelo 3523-4025.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Bullying nem sempre é o pior inimigo


Cobrança excessiva dos pais
 é o que mais estressa filhos, segundo pesquisa

Pais e professores muito rigorosos devem ficar atentos para não exagerarem na dose: segundo uma pesquisa a cobrança dos adultos gera mais estresse nas crianças do que o bullying - como é chamada a prática de violência, humilhação e intimidação física ou psicológica entre os jovens, geralmente na escola.

De acordo com o trabalho realizado pela Isma-BR (International Stress Management Association do Brasil), as críticas dos adultos, o excesso de atividades na rotina e o bullying são, nesta ordem, as três principais causas do estresse mais citados pelos pequenos.

"Muitas vezes o adulto não percebe que um comentário dele traz tanto prejuízo à criança. Toda criança precisa de limites, mas a maneira de o adulto se expressar e estabelecer esses limites vai ser importantíssima para a formação da autoestima da criança", explica Ana Maria Rossi, psicóloga que coordenou a pesquisa. "O bullyng não é tão comum quanto a convivência com o adulto. Por isso, a maioria das crianças citou as críticas dos pais".

A psicóloga afirma que o adulto precisa, antes de qualquer coisa, identificar as limitações de cada criança. "É importante dar à criança desafios compatíveis com a idade. Há pais que pedem para o filho pagar contas na internet e, quando a criança erra, o pai reclama, a chama de burra, de incopetente. Isso é inaceitável", diz Ana Maria.

Quando uma criança não faz o dever de casa de forma correta, por exemplo, os adultos devem tentar ajudar. "Ao invés de dizer que 'está tudo errado', deve se sentar com a criança e ajudá-la a fazer da forma correta. Mostrar que ela pode fazer certo e incentivá-la", aconselha Ana.

O psiquiatra Fábio Barbirato, chefe do setor de Neuropsiquiatria infantil da Santa Casa de Misericórdia, concorda. "Os pais são figuras de autoridades e de acolhimento. Se o pai tem voz austera e só cobra, não reforça positivamente a criança. E quanto maior a pressão, maior o risco de a criança  estar estressada, ansiosa e ter depressão".

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Cuidado com a limpeza da casa


Pia da Cozinha e Escova de Dentes
 Acumulam Sujeira

Já pensou na quantidade de bactérias escondidas na banheira, no teclado do computador, na pia da cozinha ou na escova de dentes? Pois fique sabendo que estes costumam ser os locais e objetos mais sujos da casa e que acumulam uma grande quantidade de bactérias que podem causar dor de cabeça, vômito e diarreia.

O perigo das escovas de dentes é que elas costumam ficar no banheiro úmido, ambiente ótimo para a multiplicação de germes. Se ficarem em cima da pia, então, podem ser contaminadas pelas gotas de água que se espalham no ar com a descarga. Para manter a escova dentes limpa, deixe-a bem longe do vaso sanitário, de preferência num local arejado. Abaixe a tampa sempre que der a descarga e jogue a escova fora depois de ficar doente ou após dois meses de uso.

Na pia da cozinha, nunca deixe pratos acumulados por muito tempo e lembre-se de lavar a tampa do ralo.

Saleiro, controle remoto e teclado do computador também acumulam muita sujeira e merecem limpeza especial.

Quem não se comunica...


Ninguém mais acredita que falar bem é um dom.
É condição para mandar o recado certo, administrar crises e, claro, não perder dinheiro.
Para ajudar os línguas-presas (ou soltas) existe o media training.

Neymar arrogante, Neymar provocador, Neymar indisciplinado? Logo, logo a diretoria do Santos espera poder dizer que seus problemas com o ídolo do clube acabaram. Ele prometeu se comportar melhor e não dizer besteiras? Que nada, a intervenção superior vai bem além. Neymar vai contar com curso intensivo de media training. Altos executivos, políticos e celebridades, principalmente as deslocadas rápido demais para o mundo da fama, são o público base das aulas e simulações ministradas por profissionais do ramo que ensinam como se comportar diante dos meios de comunicação e, assim, evitar conhecidas e lastimáveis mancadas. Nem é preciso lembrar como posturas e declarações estapafúrdias prejudicam a imagem e, consequentemente, os negócios. Mas, caso alguém ainda não tenha percebido, o presidente do Santos, Luis Alvaro de Oliveira, explica. Neymar, diz ele, foi instado a pedir perdão, em público e com a imprensa presente: "Alivia o erro. Também serve para recompormos o personagem Neymar e assim melhorar as possiblidades de negociação da imagem dele. Em miúdos, de conseguir patrocínio". Ou, no caso, em graúdos.

Os percalços da fama - ou infâmia - súbita valem tanto para Tony Hayward, o ex-presidente da BP, que diante do desastre do vazamento de petróleo na plataforma continental americana reclamou dizendo que queria sua vida de volta, quanto para os mineiros soterrados a 700 metros no Chile. Faltando semanas para o resgate que os traria do mundo das sombras para a exposição máxima, los 33, como são chamados, já estavam fazendo seu media training. "Eles já nos disseram que não querem  falar, por exemplo, sobre suas famílias, mas só sobre esse tempo debaixo da terra", disse o psicólogo chefe da equipe de resgate, Alberto Iturra. "Vamos ajudá-los a explicar isso aos jornalistas." Escolher o foco das declarações (válido só para heróis nacionais como os mineiros, não para uns e outros flagrados no roubolation), dar respostas pertinentes e polidas e passar uma imagem de autocontrole mesmo diante de situações delicadas são os fundamentos do media training. Apesar do público alvo de alto calibre, seus ensinamentos podem ser aplicados a situações do dia a dia das pessoas comuns, como na hora de fazer uma entrevista de emprego, apresentar um trabalho na escola.

Uma situação-limite muito citada como exemplo de media training foi a reação da Gol Linhas Aéreas ao acidente de 2006 em que 154 pessoas morreram em colisão com um jatinho sobre a selva. A diretoria da Gol vinha recebendo orientações profissionais, da MVL, para a eventualidade de uma tragédia desde a criação da empresa, em 2001. Um Manual de Crise com 3 000 páginas explicativa, entre outras coisas, perguntas inevitáveis e respectivas respostas, o modelo de comunicado à imprensa e até o formato do site da empresa  a partir da notícia do acidente. "Empresas de aviação sabem que algum dia uma de suas aeronaves vai cair. Por isso, têm de estar preparadas". explica David Barioni Neto, na época vice-presidente técnico da Gol. Na primeira entrevista coletiva, Barioni e Constantino Júnior, presidente da Gol, ambos de terno preto, estavam preparados para as perguntas - e as respostas. Quantas pessoas morreram? Ainda não sabemos, mas estamos todos concentrados na busca pela aeronave. Qual o nome dos passageiros que estavam no avião? Essa informação será dada primeiro às famílias. Como ficarão as indenizações? Não é hora de falar em dinheiro.

"Hoje em dia, não existe mais controle sobre as informações. Só o que se pode fazer é administrá-las em favor de sua reputação", diz Yara Peresm sócia da CDN, outra das grandes empresas do gênero no Brasil. O curso da CDN para executivos é dado em um dia e dura nove horas. Eles aprendem o básico sobre como funciona uma redação, quais as informações que os repórteres precisam e a melhor maneira de se posicionar diante das câmeras. Em seguida, cada participante simula uma entrevista para a avaliação final. "A idéia central é que o aluno busque um jeito de falar que lhe traga conforto. É assim que ele consiguirá comunicar as coisas mais complicadas sem se atrapalhar", explica Yara. Na MVL, psicólogos, fonaudiólogos e até professores de teatro estão na equipe de treinamento. Martin Glogowsky, presidente da Fundação Cesp, conta que lá aprendeu, por exemplo, a preparar antecipadamente a mensagem que quer passar em uma entrevista. "Tem que ser apenas uma. Falo dela no começo da conversa, no fim e, no meio dou pinceladas", resume.

A tática das pinceladas não é lá de grande ajuda na hora de apagar incêndios de maiores proporções. O envolvimento do ator Fábio Assunção com drogas é um exemplo de crise brava bem gerida. "A Globo o manteve na casa, falou pouquíssimo sobre o assunto e, nas vezes em que se pronunciou, deixou claro que iria ajudá-lo", conta um assessor que acompanhou de perto o caso. "Fábio é um valor da marca Globo, como a Xuxa e o Faustão. Malcuidada, aquela crise poderia se voltar contra a emissora." Acostumado a lidar com celebridades, Edson Giusti, dono de uma empres a de comunicação, conta que um dos conselhos que dá a atrizes ávidas por aparecer em capas de revistas é: "Parem de falar que estão apaixonadas e que vão se casar no mês que vem. Depois o casamento não acontece, os repórteres fazem perguntas e vocês se sentem perseguidas". Foi Giusi quem ajudou uma conhecida primeira-dama estadual a falar em público: "Sugeri que, ao começar a discursar, ela dissesse: ´Gente, desculpe, estou nervosa´. Isso cria empatia com o público e torna a fala mais confortável". Entre as crises que exigem gerenciamento rápido, os casos de paternidade tardiamente descoberta são clássicos do repertório de trapalhadas. "Aí não tem conversa. Enquanto agaurda o resultado do teste de DNA, o sujeito tem de agir como se fosse o pai, Tem de falar aquelas coisas bonitas, que a criança merece amor, que eles vão ser amigos no futuro", prega o jornalista e media trainer Nei Loja. Mas, ao contrário de um notório senador, nada de chamar de "a criança", como se não tivesse nada a ver com o assunto. Pega muito, muito mal.

O radar das manchas


Um novo aparelho faz o diagnóstico do câncer de pele na hora, sem a necessidade do uso de bisturi

Todos os anos, 120 000 brasileiros recebem o diagnóstico de câncer na pele. Como tumor maligno, maiores são a chance de cura quanto mais precocemente a doença for descoberta. Para identificar o câncer de pele. os médicos vão em busca de manchas - de bordas irregulares, cores variadas, que coçam ou sangram, e costumam aparecer de uma hora para a outra. O exame definitivo para determinar se uma lesão é de fato maligna exige uma pequena cirurgia. O paciente recebe anestesia local e o médico extrai o tecido suspeito. Invariavelmente, a incisão tem de ser fechada com pontos - e alguns deixam marcas para sempre. O resultado da biópsia costuma sair em dois dias - período sempre de muita angústia e medo. Algumas pessoas têm de passar por esse tormento não uma, mas várias vezes, ao surgimento de cada nova mancha duvidosa. De cada dez análises feitas, no entanto, apenas uma resulta positiva para câncer. Ou seja 90% dos casos, o corte, a cicatriz e a ansiedade poderiam ter sido evitados. Está para chegar ao Brasil um aparelho capaz de fazer o diagnótico do câncer de pele sem a necessidade de bisturi. Trata-se de um microscópio que, permite ao médico enxergar a estrutura das células da pele.

Aprovado em 2008 nos Estados Unidos e batizado comercialmente de VivaScope, o microscópio fornece uma imagem de alta definição, até 1 000 vezes maior que a original, e com um foco muito preciso. Por esse motivo, os médicos o chamam de confocal. Ele consegue ir a até 5 milímetros de profundidade, rastreando a epiderme e a derme, camadas em que se formam quase 100% dos cânceres cutâneos. Cada mancha leva, em média, vinte minutos para ser analisada. Além de evitar biópsias desnecessárias, quando o caso é de câncer, o novo aparelho torna as cirurgias para remoção do tecido doente mais eficientes. Alguns especialistas não pretendem abandonar de vez as biópsias. "Não há dúvida, contudo, de que, com esse microscópio, as indicações de cirurgia diminuirão", diz Adilson Costa, professor de dermatologia da Pontifícia Universidade Católica de Campinas.

Há pelo menos uma dezena de cânceres de pele. O microscópio confocal aplica-se a três deles, que representam quase a totalidade dos casos. Os médicos estão bastante entusiasmados com os avanços que o novo aparelho proporciona para o diagnóstico precoce e o tratamento de melanoma. Com 5% das ocorrências da doença, ele ó mais perigoso dos tumores. "Apesar de surgir na camada mais superficial da pele, o melanoma se multiplica de forma rápida e, em dois anos, pode chegar aos vasos linfáticos e entrar em processo de metástase, quando há muito pouco a fazer", diz a dermatologista Gizele Rezze, do Hospital A.C. Camargo, em São Paulo, centro de referência para o tratamento do câncer. A única quimioterapia disponível funciona para 20% dos doentes. Quando o diagnóstico é feito precocemente, as chances de cura beiram os 100%.

Foi o que salvou a publicitária Debora Ochoa. Em 2008, aos 35 anos, graças ao alerta de uma amiga, ela começou a prestar atenção àquela "pinta estranha" no braço esquerdo. Com menos de 1 centímetro de diâmetro, cor escura e bordas irregulares, a mancha era um princípio de melanoma. Agora, com o olho treinado, toda vez que encontra um sinal suspeito, Debora procura o dermatologista. De lá para cá, removeu outras dez manchas. Três delas eram melanomas iniciais. "Até hoje não me acostumei com essas extrações", diz Debora. "Além do pavor de agulhas, sofro muito com a espera do resultado."

Do melanoma ao mais comum dos cânceres de pele (o carcinoma basocelular), esse tumor está basicamente associado à exposição solar. Apenas 10% dos melanomas, por exemplo, são hereditários. A radiação de sol provoca uma mutação no DNA dos melanócitos, as células responsáveis pela produção de melanina, o pigmento natural da pele. Pesquisas mostram que pessoas de pele branca, de olhos e cabelos claros, com tendência a desenvolver manchas ou que não se bronzeiam são as mais suscetíveis à doença. A melhor arma contra o câncer de pele continua a ser a velha (e boa e interminável) combinação de protetor solar, sombra das 10 da manhã às 4 da tarde, chapéu, guarda-sol e óculos escuros. Mantenha o foco nessas providências e você não precisará submeter-se ao confocal.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Atendimento à Mulher


Delegacia Especial da Mulher

Atua principalmente na área policial e jurídica,
atendendo em sua maioria a mulheres vítimas de violência.

  • Rio de Janeiro: Rua Visconde do Rio Branco, 12 - Centro - Telefone: 3399-3372
  • Nova Iguaçu: Rua Joaquim Serpa, S/Nº, Marco Dois - Telefone: 3399-3720

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Para ser amado, se ama primeiro


O segredo para viver um grande amor, é se conhecer

Não é de hoje que as pessoas sofrem por não ter encontrado o grande amor. Mas o que fazer para conquistar alguém e deixar que o amor invada a sua vida?

O ponto principal é se amar. A baixa autoestima acontece quando uma pessoa não reconhece os seu reais valores. Para isso é preciso se conhecer e se cuidar, já que o amor vem do conhecimento, admiração que se tem por outra pessoa ou por si mesmo (não tem como amar verdadeiramente alguém ou permitir que tal amor chegue se não for assim).

E se amar é muito mais do que ter uma boa aparência, é saber quais são as necessidades emocionais que se têm e que não deixam de existir por não serem conhecidas. Elas muitas vezes são responsáveis pelas expectativas frustadas.

As pessoas querem alguém que não as façam se sentir sozinhas e nessa busca, muitas vezes se encontram mais sozinhas do que antes. Por medo de ficar só, envolvem-se com pessoas cujo relacionamento traz apenas sofrimento.

Por isso, antes de qualquer decisão, tente fazer essa caminhada de autoconhecimento, saiba do que você gosta e do que não gosta, para depois se permitir envolver com outra pessoa.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Seu filho sofre maus tratos?


Descubra se os pequenos são vítimas da violência

Nem sempre é possível passar o dia inteiro com os filhos. Você e seu companheiro trabalham fora e precisam deixar os pequenos para alguém cuidar ou as crianças ficam na escola. Longe dos seus olhos, como saber se o seu filho é vítima de maus tratos?

As crianças não mudam de comportamento sem motivo. Portanto, o primeiro passo é estar sempre atento a qualquer sinal de que algo não vai bem. O bebê costuma chorar, ficar inquieto e ter o sono alterado. Quando ele cresce, a falta de apetite, nota baixa na escola, agressividade, medo e dificuldade de ser relacionar podem indicar algum problema.

Perceba também se a criança rejeita qualquer toque, mesmo que seja um carinho, e se sente medo da sua ausência. Desconfie também de manchas roxas e machucados frequentes.

Converse bastante com seu filho e sempre pergunte como foi o seu dia. Deixe claro qual o comportamento esperado de uma babá, de um professor, de um padastro, de uma madrasta... E chame atenção para o que não é permitido. Assim, seu filho pode se  sentir mais à vontade para falar com você sobre tudo que ele vivencia.

Lembre-se que nem sempre a violência deixa marcas e não dar atenção ao seu filho também é uma forma de violência.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Viver para Vencer


Um excelente documentário inglês ajuda a demonstrar por que chegou a hora de parar de explicar Ayrton Senna por meio de sua morte

JFK, John Fitzgerald Kennedy, foi o mais jovem presidente americano, eleito um dos grandes personagens políticos de seu país, católico em uma nação de maioria protestante, contraponto perfeito à gerontocracia soviética personificada em Nikita Kruschev, e tinha ao lado uma primeira-dama fascinante. Mas, quando se fala em JFK em primeiro plano, sempre aparecem os eventos do dia 22 de novembro de 1963, quando ele foi assassinado, em Dallas. Francisco Alves, Carlos Gardel, Jim Morrison, Patsy Cline, os Mamonas Assassinas, Kurt Cobain e tantos outros artistas de todas as eras tiveram a imagem, por décadas, atrelada às circustâncias trágicas de sua morte. Está-se fazendo a mesma coisa com Ayrton Senna. Chega, Injustamente. A carreira do talvez maior piloto de Fórmula 1 de todos os tempos é uma celebração de vida na busca da perfeição, na adesão aos mais altos padrões de segurança nas pistas, na intimidade com a ciência dos motores e da eletrônica embarcada. O encontro com a morte na curva Tamburello, no circuito de Ímola, na Itália, em 1º de maio de 1994, não foi a hora da verdade para um piloto temerário que preparou a si mesmo e ao mundo para o momento de purificação, sublimação e purgação. A morte de Senna foi acidente, um acontecimento casual, fortuito, inesperado - evitável.

O documentário inglês Senna - O brasileiro, o Herói, o Campeão, dirigido por Assif Kapadia com estreia prevista para 12 de novembro em 120 salas, escapa da moldura de explicar o ídolo pela sua morte. Mas não totalmente.A fita se deixa encantar pelo "viva velozmente e mora cedo", na frase (incompleta) dita pelo ator John Derek no filme O Crime Não Compensa, de 1949. Incompleta sim, pois ela continua: "...e deixe um belo cadáver". O rosto de Senna ficou monstruosamente desfigurado pelo inchaço do cérebro, atingido pela barra de direção quebrada no acidente. O documentário de Kapadia exibe os elementos necessários para desmontar a tese absurda de que Senna tocava sempre além dos limites, buscando a morte conceito pelo qual se enamora espiritualmente. Não. "O Ayrton tem um pequeno problema: pensa que não pode se matar", diz a meio caminho do documetário o francês Alain Prost, tetracampeão do mundo, o arqui-inimigo que duelou com o brasileiro no fim dos anos 80. Senna responde, olhos baixos, o ríctus típico da introspecção que parecia timidez, mas não era: "O fato de eu ter fé em Deus não quer dizer que eu seja imune. Tenho tanto medo quanto qualquer outra pessoa de me machucar".

Em uma das cenas, Senna contra-ataca com irritação o grande ex-campeão Jackie Stewart, o "escocês voador", que trabalhava para um emissora de televisão. Stewart embute em uma pergunta a acusação de que Senna deixava seu carro esbarrar demais nos bólidos dos adversários. "Você é um piloto experiente, deveria saber que isso só ocorre porque estamos sempre querendo vencer", retruca Senna, indignado. O brasileiro foi o maior recordista de pole positions até seu recorde cair, pelas mãos do alemão Michael Schumacher. Senna era obcecado por sair na frente. Não apenas para aumentar suas chances de ganhar as corridas. Dizia Senna: "Correr sozinho lá na frente é sempre mais seguro".

Com vasto material cedido pela família de Senna, e por Bernie Ecclestone, o mandachuva dos direitos de televisão das provas, o diretor Kapadia comprometeu-se a não fazer um documentário sobre os três últimos dias de vida do piloto. "Seria interessante, mas muito óbvio", diz o roteirista Manish Pandey. "Teríamos as imagens de sexta-feira, sábado e domingo e provavelmente usaríamos um flashback para explicar por que o personagem está ali. Faria isso com entrevistas entremeadas, e certamente o filme ficaria muito forte." Desse ponto de vista, as cenas iniciais, com o Grande Prêmio de Mônaco de 1984, debaixo de chuva, na pequena escuderia Toleman, são proféticas e têm mais valor explicativo da carreira do personangem do que a escapada fatal da Williams na curva Tamburello. Sob a chuva, nas ruas do princiapado na "corrida mais nobre da F1", Ayrton Senna parecia apenas mais un novato impávido disposto a qualquer loucura para ser notado. "Mais um Pryce", desdenhou o esnobe belga diretor de prova e ex-piloto de F1 Jacky Ickx, referindo-se ao galês Tom Pryce, um alucinado especialista em pistas molhadas, terror dos veteranos, que disputou quatro temporadas e morreu ao atropelar um fiscal de corrida em 1977 no GP da África do Sul. Ao volante da Toleman, usando um colete ortopédico para tornar suportáveis as dores nas costas produzidas pela instabilidade notória do carro, não estava mais um Tom Pryce, mas um piloto virtuoso, calculista, concentrado, estudioso e predestinado, um sátiro moderno, meio homem, meio máquina - Ayrton Senna da Silva, nome que marcaria para sempre o mundo do esporte de competição.

Amarrado por meio de entrevistas do próprio brasileiro, que parece narrar sua vida, coladas a cenas de corrida e dos bastidores da F1, o filme não é uma radiografia tola. Há nuances de cinza em Senna, especialmente quando ele trata de pôr Prost para fora da pista, no Grande Prêmio do Japão em 1990, como vingança do que ocorrera no ano anterior, de modo a garantir o título. Salta da tela sua liderança entre os pilotos, em imagens inéditas, quando reclama em uma reunião de Jean-Marie Balestre, o ranzinza e autocrático francês que dirigia a Federação Internacional de Automobislismo e nunca escondeu a predileção pelo conterrâneio Prost (e que em 1989 obrigou Senna a se retratar depois de ter ausado o cartola de má-fé ao puni-lo em decorrência de uma manobra arriscada). Há cores épicas ao tratar da vitório no GP do Brasil em 1991, quando o piloto rodou as derradeiras voltas apenas com a sexta marcha, porque o câmbio quebrara.

Senna é um belo documentário que foge da armadilha barata de mergulhar na vida pessoal do piloto, até porque seu cotidiano fora das pistas e longe da família era animado como um parafuso enferrujado. Atêm-se ao perfecionismo de uma homem que estudava o que fazia justamente porque sabia o risco da morte, sempre presente na Fórmula 1. Descobria erros de mecânica e aeroodinâmica, desafiava os computadores e os engenheiros e estava sempre certo. Foi traído pela fatalidade, pela impossibilidade de ter solda malfeita na barra de direção da Williams, a seta certeira de Páris guiada pelos deuses vingativos rumo ao calcanhar de aquiles. A barra se rompeu em Ímola, arremessou o carro de Senna contra o muro e parte dela trespassou o cérebro do piloto. Ayron Senna tinha 34 anos.

Dica para ter uma Renda Extra


O Plano de Assistência Funeral SMA
 vive um momento de grande expansão entre clientes de todas as classes sociais

Chefes de Família, Donas de Casa, Empresários... atualmente, encontram-se muito mais empenhados, em garantir os serviços da Santa Madalena Assistência Familiar.

Marlene de Souza, 34 anos, trabalhava em regime de expediente diário em uma central de telemarketing, há dois anos tornou-se uma Agente Credenciada do Plano Funerário SMA, começou oferecendo o Plano para as colegas do trabalho. A empreitada deu certo: ela conseguiu vender 17 num único dia.

"Na mesma semana larguei meu emprego e resolvi trabalhar por conta própria" conta Marlene. "Todos nós um dia iremos necessitar de Serviços Funerários, para um parente, um funcionário, um amigo. Tive senso disso ao utilizar o meu, para o sepultamento de minha irmã caçula. Todos vieram me saudar, por ter conseguido, tomar todas as providências necessárias de forma ágil e com muito requinte. Quando na realidade a única coisa que fiz, foi ligar para a Funerária Santa Madalena e informar o óbito. Eu não tinha nem forças para falar direito ao telefone, tamanha era a dor que se alojou em meu coração, devido a esta perda."

A dona de casa Augusta Carvalho, 36 anos, também se agarrou na oportunidade de revenda do Plano Funeral SMA e só tem a comemorar. "Quando se trabalha com uma empresa idônea, consegue-se uma boa aceitação, é fácil obter lucros. É um bom negócio trabalhar com a Funerária Santa Madalena.", diz.

Formado em Administração, Fábio Cunha, 31 anos, não pensou duas vezes para largar o emprego em uma lan house e se dedicar a vendas do Plano da Santa Madalena. Em oito meses, sua rende mensal passou de R$ 600 para 2 mil. "Encontrei a oportunidade certa de ter uma boa renda e ser meu próprio patrão", comenta.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Na automedicação, bom-senso é o melhor dos remédios.


Consumo de medicamentos
 por conta própria exige cuidados.
Em maior ou menor grau, todas as drogas podem oferecer riscos.

Não é exagero dizer que a maioria das pessoas fez ou fará uso de um remédio por conta própria. Trata-se de um comportamento observado em todo mundo e até justificável em algumas situações. Seria praticamente impossível recorrer ao médico ou bater à porta de uma instituição de saúde no caso de uma dor de cabeça eventual ou uma indisposição estomacal, por exemplo. A própria Organização Mundial de Saúde reconhece a automedicação como um complemento aos sistemas de saúde. O problema é que os limites do consumo racional são frequentemente ultrapassados e as consequências podem ser desastrosas.

Não há, no Brasil, dados oficiais sobre o número de pessoas que se automedicam. Mas há indicadores de alerta, como o levantamento do Sistema Nacional de Informações Tóxico Farmacológicas - SINITOX de 2007, que mostrou que a ingestão indevida de medicamentos foi a principal causa dos casos de intoxicação registrados, respondendo por cerca de 30% do total.

Intoxicações são apenas um exemplo do universo de riscos. Dentre eles, estão o mascaramento dos sintomas, com o consequente retardo na identificação da doença, as dosagens insuficientes ou excessivas, os efeitos adversos e colaterais desnecessários e o desconhecimento de possíveis interações com outros medicamentos.

Até medicamentos de venda livre (sem tarja), como analgésico, antiácidos, antitérmicos e antigripais, podem trazer riscos. Por exemplo: em crianças com algumas doenças virais, como gripe e catapora, o ácido acetilsalicílico pode precipitar a síndrome de Reye, um tipo de doença fulminante no fígado, fatal na maioria dos casos. Às vezes, a pessoa nem sabe que está ingerindo uma droga em excesso, pois combina vários medicamentos que têm o mesmo princípio ativo. O paracetamol, por exemplo, está presente em remédios para gripe, reumatismo, cólicas e enxaqueca.

No caso dos medicamentos de tarja preta, a automedicação é minimizada graças ao sistema de controle de venda, com exigência e retenção da receita médica. Mas o maior perigo está nos medicamentos de tarja vermelha. Apesar de a exigência legal de apresentação da prescrição médica no ato da compra, são facilmente adquiridos sem a necessidade de nenhuma receita ser mostrada. Nessa categoria estão os antibióticos, cujo uso indiscriminado pode trazer consequências para o paciente e para a sociedade, uma vez que o consumo sem critério favorece a resistência microbina, anulando a eficácia das drogas. Atualmente, a Anvisa estuda normas mais rígidas para a venda desses medicamentos.

Mas a prática de automedicação já diminuiria com o mero cumprimento das regras atuais para as drogas de tarja vermelha. Para as de venda livre, é praticamente impossível estabelecer regras. O consumidor deve, no mínimo, ler a bula e, em caso de dúvidas ou persistência dos sintomas, procurar o médico. E pessoas que já fazem uso regular de algum medicamento devem ter cuidado redobrado para evitar reações causadas pela interação do remédio prescrito com o tomado por conta próproia. Acima de tudo, deve imprerar o bom-senso - este sim o melhor dos remédios e sem contraindicações.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Boa alimentação mantém juventude


Alimentos ajudam a evitar o envelhecimento precoce

Todo mundo sabe que envelhecer é inevitável, mas existem várias maneiras de preservar a juventude, principalmente através da alimentação. Escolher os alimentos certos é garantia de mais qualidade e mais tempo de vida.

A primeira dica é beber muita água: o ideal é um consumo de 2 litros de líquidos por dia para uma mulher com 50kg e de até 2,8 litros para um homem com 70kg. Mas vale lembrar que suco e alimentos suculentos como melancia, melão e pera também ajudam muito na hidratação, que é fundamental para preservar a juventude, especialmente a da pele.

Comer muitas fibras e pouco açúcar também é fundamental, assim como incluir os peixes no cardápio: eles possuem Ômega 3, substância que é ótima para combater o envelhecimento.

As nozes e as castanhas ajudam a manter a pele jovem e livre de rugas, assim como frutas como damascos, laranja, acerola e uvas e vegetais como brócolis, espinafre e berinjela.

Uma dor sem fim


Todos os dias,
 547 brasileiros desaparecem sem deixar rastro.
Aos parentes, restam uma busca desesperada e o sentimento de impotência diante do inexplicável

Não havia nada de atípico no comportamento do analista de sistemas Mário Fernando Borges, um disciplinado professor universitário de Goiás, no dia em que ele bateu a porta de casa avisando à mãe que visitaria a namorada. Então com 37 anos, Mário nunca mais voltou. Também não foi visto por mais ninguém. Seu repentino sumiço ocorreu em dezembro de 2008. A partir daí, a família lançou-se numa busca tão desesperada quanto infrutífera. Acionou a polícia, contratou detetive particular, espalhou cartazes com a foto de Mário por toda parte - em vão. O desaparecimento segue como um completo mistério, sem nenhuma pista nem razões aparentes. Separado, o analista de sistemas tem um filho, Lucas, hoje com 10 anos, que sempre pergunta à avó: "Quando o papai vai voltar?". E chora. Irmã caçula de Mário, a administradora de empresas Patrícia Borges faz um resumo do drama vivido pela família: "Sabe uma dor que não passa? Ela é um misto de angústia, profunda tristeza e impotência diante do inexplicável".

Histórias como essa têm relevo estatísticos no Brasil, como mostra um abrangente trabalho coordenado pelo sociólogo Djaci de Oliveira, da Universidade Federal de Goiás. O levantamento, que tomou como base os registros em delegacias brasileiras, chegou a um dado espantoso: 200 000 pessoas desaparecem por ano em todo o país. Dá uma média de 547 casos por dia - grupo bastante heterogêneo em que emerge todo tipo de ocorrência. No rol das mais comuns estão aquelas de jovens que fogem de casa (muitas vezes às voltas com alto consumo de drogas e álcool), idosos que sofrem de súbita falta de memória e se põem a vagar sem norte, além das crianças que se perdem dos pais. Chamam atenção também os casos de pessoas que abandonam casa e família, não dão mais notícias e vivem mudando de endereço, até de país. Constatou-se ainda algo surpreendente: os desaparecimentos causados por atos de violência, como sequestros e assassinatos, são minoria. "Esse mosaíco quebra um mito sobre a natureza dos desaparecimentos no Brasil", avalia o professor Djaci de Oliveira.

Existe um traço em comum nas histórias que ilustram esta reportagem o verdadeiro trauma provocado nas famílias. Todas elas comparam sua agonia diante do desaparecimento de um parente à dor do luto, só que sem fim. O assunto vira obsessão e, não raro, destroça a estrutura familiar. Ainda que o tempo passe, às vezes até décadas, continua-se a alimentar a idéia de que o desaparecido baterá a porta, subitamente, da mesma maneira que se foi. Isso mesmo quando a suspeita é de que a pessoa não está mais viva.

Esse é o caso de Priscila Belfort, irmã do lutador Vitor Belfort, que foi vista pela última vez seis anos atrás, ao deixar o prédio onde trabalhava no Rio de Janeiro. Tinha 29 anos. "A policia acha que minha filha foi morta por bandidos, mas tenho a convicção do contrário: um dia ela vai me surpreender como sempre fez, e voltar", diz a mãe da moça, Maria Jovita, Ela faz coro com muitos outros na mesma situação, como lança luz a psicóloga Eliane Bernadelli, especializada em prestar assistência a famílias de desaparecidos. "A morte marca o fim de um ciclo, é uma dor que o tempo se encarrega de suavizar", explica. A incerteza sobre ela, por sua vez, leva a uma angústia permanete - e inesgotável."

As deficiências estatísticas nesse campo não permitem saber, exatamante, quantos dos desaparecimentos são de fato esclarecidos no Brasil - mas há indicativos que eles não são poucos. Uma recente pesquisa conduzida pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), ligado ao governo estadual do Rio de Janeiro, traz números que, afirmam os especialistas, refletem a realidade nacional. O levantamento, que se baseia em ocorrências registradas em delegacias fluminenses em 2007, mostra que, em 72% das vezes o desaparecido foi localizado em menos de um mês. Os restantes 28% compreendem histórias que levam anos para ter um desfecho, quando o têm  - em 6% dessas ocorrências, a pessoa desaparecida estava morta. De todos, os casos de mais difícil resolução são aqueles em que um adulto desaparece por vontade própria. Essas pessoas têm um perfil psicológico parecido, conforme já foi mapeado. "São muito frágeis emocionalmente, incapazes de lidar com crises profundas, senão por meio de um ruptura drástica", diz o psicanalista Joel Briman. As que regressam precisam restabelecer os laços com os familiares, gradativamente. É um processo delicado para todos - e vagaroso.

É nesse estágio que se encontra a designer Ingrid Boldoke, 57 anos, que passou uma década à procura do irmão, o técnico em engenharia mecânica Jorge Gustavo, 60. Em 1997, ele sumiu repentinamente da casa onde morava, na cidade de Pontal no Paraná, e nunca mais deu notícias. Exatos dez anos depois Ingrid recebeu um telefonema de Mato Grosso do Sul, no qual um homem dizia estar ao lado de seu irmão. Sofrendo de grave depressão, sem emprego e maltrapilho. Jorge vagava por quatro estados, muitas vezes a pé e sem rumo. Dormia na rua ou em quartos emprestados. Ele perdeu a noção de tempo e da própria dignidade, até um dia cair em si. "Da mesma maneira que me senti compelido a ir embora, quis voltar para a família", relata. Hoje tratando da saúde, Jorge vive com Ingrid e está em busca de emprego. Ela diz: "Meu irmão está tentando reconstruir a vida dele e eu, a minha".

Ao contrário de outros países, não existe no Brasil uma rotina de investigação para esses casos nem treinamento específico para os policiais - que muitas vezes se limitam a registrar a ocorrência. À exceção dos desaparecimentos de menores, em que a ação policial imediata é determinada pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, nenhuma lei brasileira trata do assunto. Outro obstáculo diz respeito à falta de um bom cadastro nacional (o primeiro do gênero, sob a alçada do Ministério da Justiça, surgiu há menos de um ano e restringe-se a pouco mais de 500 casos). O Brasil contrasta aí com países como os Estados Unidos - exemplar nessa área. Registram-se lá 700 000 casos por ano. As informações são consolidadas num gigantesco banco de dados do FBI, em que consta até o DNA dos desaparecidos. Quando uma criança some, um sistema nacional está preparado para alertar todos os aeroportos, rodoviárias e postos de polícia americanos. Na ausência de algo parecido, resta às famílias brasileiras tomar a dianteira nas buscas, como fez o engenheiro paulista Antônio Carlos Ratto, 58 anos. Desde que seu filho Lucas desapareceu repentinamente, em 2008, ele não passa um dia sem fazer uma varredura em ONGs e sites especializados. Já espalhou cartazes com a foto do garoto, contratou detetive particular e prometeu 60 000 reais para quem o encontrar. Afirma o engenheiro: " Não vou sossegar enquanto não achar o meu menino".

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Publicar ofensa via redes sociais gera demissão


Recados agressivos em Orkut, Twitter, Facebook ou outro site, mesmo que indiretos, podem levar a advertência, a suspensão e até custar o emprego, com base na CLT

Trabalhadores precisam ficar atentos aos conteúdos que publicam em redes sociais como Orkut, Facebook e Twitter. Segundo advogados, falar mal do empregador ou da empresa pode resultar em demissão por justa causa. Publicar ofensas mesmo que indiretas ou até em anonimato contra a companhia ou o empregador também representa risco de demissão, após inquerito administrativo.

"A justa causa é aplicada através do artigo 482, alínea "K" (da Consolidação das Leis do Trabalho), que prevê que todo ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas contra o empregador e superiores hierárquicos constitui demissão", argumenta a advogada trabalhista Andreia Cereggato. A especialista explica que, se o patrão interpretar que há ofensa, pode abrir inquérito. O agressor deverá receber advertência, suspensão ou até ser demitido por falta grave.

Funcionários de empresa de comunicação há 10 meses, o estudante de Jornalismo Lucas Freitas, de 22 anos, se desentendeu com o chefe e colegas. Postou recados no Twitter com agressões indiretas.

"Sem citar nomes, eu falava sobre erros de português e estilos de roupas dos outros. Uma das coordenadoras leu e todos ficaram sabendo. O clima ficou pesado até que meu chefe conversou comigo. Não fui demitido, mas aprendi a lição", relatou. O empregador que sofrer difamação ou injúria deverá recorrer a um inquérito policial e registrar ocorrência na delegacia.